Devia ser umas quatro horas. Liguei o chuveiro e tirei minha roupa bem devagar para que a água tivesse tempo de esquentar. Entrei de uma só vez e vi a tinta preta dos meus cabelos escorrendo pelo corpo. O mundo é mesmo uma merda pensei... Eu não queria tomar banho, só ficar ali. Sentei no chão e a água começou a bater absurdamente quente nos meus joelhos, deixando-os vermelhos. Masoquista. Como as músicas que eu ouvia para ficar mais triste. Como roer as unhas até sair sangue. Unhas. Gosto delas carmim como estão agora, porque pareço mais puta, logo mais despudorada, confiante, moderna e feliz. As putas devem ser felizes. Desesperada. Procurei algum resquício de ilusão. Gosto de me iludir, de sentir-me falsamente protegida por alguém que pouco se importa com a minha existência. Existência. Se eu tivesse uma banheira, cortaria meus pulsos e morreria afogada na água vermelha, como naquele filme. Então comecei a rir sem controle, porque na película (filmes ficam mais bonitos se chamados de películas) a menina suicidava-se ao som de alguma coisa da Mariah Carey. Ou seria Whitney Huston? Estúpido, Not for her. Eu quero morrer com estilo. Trilha sonora para minha morte poética? Nana Caymmi. Então pensei nas manchetes dos jornais baratos: Mulher desiludida corta os pulsos em uma banheira ouvindo Nana Caymmi. Precisava de um papel para escrever um bilhete para alguém. E não podia ser um bilhete qualquer, mas sim, um como aquele do Almodóvar: 'espero que nunca me entenda, porque se me compreenderes, estarás tão desesperado quanto eu'. Alguma coisa assim, não me lembro direito. E tem aquela frase tão batida, Ne me quitte pas e outras frases bonitas e tão batidas. Meus joelhos estavam ardendo. Desliguei o chuveiro e sai. Não tenho uma banheira.
De repente ela se depara com escritos da pessoa que nos últimos meses a fez feliz, a pessoa que mostrou de maneira despretensiosa que ela é capaz de amar e de deixar ser amada. Ele descreve bem o amor, a paixão suas vontades e anseios.
Ela o imagina lendo cada palavra olhando nos seus olhos. E lendo acha que foram escritas para ela. Mas infelizmente, pelo os acontecimentos, sabe que pode ser imaginação dela. Ele não faria isso.
De repente, abaixa a cabeça, mexe nos cabelos e diz baixinho: "Larga de ser pretenciosa!". E continua: "Por que ele escreve assim e se acovarda quando está diante da situação escrita? Por que ele tem medo?"
Aproveita e responde para si: "Ele já te respondeu! Infelizmente, assume que é covarte e tolo. Você não pode fazer nada, as cartas foram lançadas, ele não a quer."
Mas sonhadora que é, tenta voltar a realidade, mas fecha os olhos e sonha...
Aniversário da Doida Varrida, numa choperia que só tocava música "sertanojo", sentadas numa mesa, olhando os garanhões do local, fofocando, bebendo, fumando e divertindo horrores da cara dos peões... hahahahahaha... Passando o tempo, mais bebidas, mais cigarros, mais tudo. De repente... - Doida Conselheira, tô com vontade de peidar! - A Doida Peidona disse. Doida Conselheira, primeiramente, se assustou com tal confissão, mas como boa amiga, conselheira e nem um pouco sacana, falou: - Pqp, eu podia dormir sem saber dos seus desejos mais intimos, mas já que você falou, fazer o que né? Quer um conselho? A Doida Peidona mais que desesperadamente: - Você é minha amiga ou não é? Fala logo porra! - Tem certeza que você quer o conselho? - Claro que tenho canhanha, fala logo! - PEIDE! E a Doida Peidona não aguentou e começou a rir... Mas o papo não acabou aí. Lá veio ela com outra: - Putsss!!!! Tenho medo de feder! O que eu faço.... O garçom que nesse momento estava atendendo a mesa ao lado e foi a vítima da Doida Conselheira: -Peide, se alguém reclamar e falar com você, coloca a culpa no Garçom!
Se ela peidou, não se sabe, a Doida Conselheira não viveu para contar essa história e a Peãozada se acabando de dança.
Deixa eu correr o risco de me apaixonar e te ter pela força da imaginação. Sentir o teu toque, beijar o teu beijo Sem dor ou desilusão. Uma vez que seja para a vida inteira e percorrer teus caminhos conquistando meu espaço nos teus braços. Só não pergunte o que eu sinto. Deixe que em meus sonhos que eu traço o meu destino. Não! Não pergunte outra vez o que sinto. Deixa eu correr o teu risco Deixa eu sofrer se preciso ... mas deixa eu acordar do teu lado um dia qualquer e o tempo poderá dizer os sentimentos que acalentei.
Por Ana Marques, grande amiga, grande taróloga, irmã.
Eu queria poder olhar nos seus olhos e dizer tudo aquilo que eu sinto, abrir meu coração e desejo que faça o mesmo, seja sincero, não me faça promessas, não me faça sofrer mais. Não sei mais o que pensar, não sei mais o que querer e estou com medo, com medo de que sofrer me faça desistir, porque doi, simplesmente doi. Essa hora pode chegar a qualquer momento e eu não terei mais forças de lutar contra ela. Perca o juízo por mim e comigo, se realmente for verdadeiro o que sempre disse. Mas não me deixe em dúvidas.
Véspera de um feriado qualquer, levanto, cantando: - Hoje é sexta! Dia de beber... Vou dormir até tarde, levantar meio-dia amanhã! - Comeu alguma coisa estragada ontem? Ou já amanheceu bêbada?? Hoje é quinta, ta passando mal é??? E amanhã é feriado! – a minha mãe como sempre, tentando estragar o prazer. - Não comi cocô de cachorro doido de colherzinha e só tomei dois copos de cerveja com o Xande ontem a noite e hoje é sexta-feira e ponto! - Como é sexta-feira? Hoje é quinta! - Eu sei que hoje é quinta, só que para mim, é sexta! Pro pessoal do GDF e do Judiciário ontem foi sexta-feira e para mim, hoje é sexta. - Ai, meu Deus!! Juro que minha filha ficou louca – ela me olhava com cara de quem queria me mandar para o AGAPAPE. - Mãe, hoje é sexta-feira para quem não trabalha nos sábados! - E eu não vou trabalhar sábado, porque vou para a casa da sua avô em Caldas Novas e pra mim hoje é quinta-feira! Então me dê uma explicação plausível para isso! Vamos? - Escuta, se eu trabalho só até sexta-feira, nas semanas normais. E eu não trabalho aos sábados, a semana termina para mim, nas sextas-feiras, certo? - Certo! – ela respondeu, sem muita certeza. - E se eu não vou trabalhar amanhã, logo para mim, hoje é sexta-feira!!! - Bemnhêêêêêêêê!!! – Lá estava ela chamando o meu pai! - Que é?? – respondeu o meu pai. - Tua filha cheirou alguma coisa, só pode, ela ta dizendo que hoje é sexta, sendo que é quinta-feira! Meu pai se intrometeu no meio da conversa! - Você, tá doidona, Nika, tá com algum problema??? – Ele já com aquele tom de voz de quem estava ficando puto de raiva! - Ai meu saquinho verde com bolinhas cor de rosa, lógico que hoje é sexta-feira... Pensa bem! Nas semanas normais, eu trabalho até que dia? – Eu perguntei para ele. - Até sexta-feira! - Sim, logo, se nesta sexta-feira é feriado, hoje é que dia? - Quinta-feira! - Não... Presta atenção... Você vai trabalhar amanhã?? - Não... - Você só trabalha até sexta-feira, não é? - É! - Então, hoje se fosse uma semana normal, seria que dia? - Seria sexta-feira! - Então porque é que hoje não pode ser sexta-feira? Sendo que eu só trabalho, nas semanas normais, até sexta-feira?? Minha semana, não teve a quarta-feira, eu passei batido por ela, e então, segunda, foi segunda, terça, foi terça, quarta, foi quinta e quinta é sexta-feira, porque eu não vou trabalhar amanhã! - É tem lógica, mas e o sábado e o domingo, então você vai ter dois domingos?? - Não, vou ter dois sábados, é melhor do que ter dois domingos... Eu não gosto de domingo, principalmente quando termina o Fantástico! A minha mãe estava olhando para nós dois como se a gente tivesse fumando a grama artificial do campo de futebol e tivesse viajando na maionese! Meu pai me olhou com aquela cara clássica de dúvida e minha mãe com cara de quem não tinha gostado da conversa! Descemos o elevador mudos e saímos dele calados, acho que eu coloquei os miolos deles para funcionar logo cedo!
Isso é verídico, aconteceu comigo num feriado qualquer a anos atrás, não sou louca, não sou maluca e muito menos anormal, sou simplesmente feliz... Tudo bem que acho que só é Amanhã depois que eu durmo e Boa Tarde depois que eu almoço!
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces. Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz. Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado. Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada. Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado. Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face. Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada. Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite. Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa. Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço. E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos. Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir. E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas. Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
Cansei, li uma 'frase de agenda' que tem tudo a ver com o momento: "Faz a tua ausência para que alguém sinta a sua falta. Mas não a prolongue demais para que esse alguém não sinta que pode viver sem você.". Já não sinto a sua falta da mesma maneira, é diferente, já não sinto vontade de estar ao seu lado, porque cansei. Estou cansada e preciso mais de mim do que de você.
Mora uma bruxa em mim: malvada, cruel e bela. Ela adora se olhar no espelho, é vaidosa, mas segura de si, não liga se o espelho acha outra mais bela. Branca de Neve que se dane. Bonita é ela, que não precisou morrer para ser rainha.
Mora uma bruxa em mim: intrigante, manipuladora e mágica. Ela mexe com as palavras, refaz os diálogos e inverte as situações. Se não estiver a seu favor, ela modifica. Seus feitiços enfeitiçam... até mesmo o espelho já anda chamando a Branca de Neve de mocréia...
Mora uma bruxa em mim: sorridente, misteriosa e transformadora. Não aceita nada pronto, e retruca imposições. Transforma as cabeças e cria frases indecifráveis. Decifra-me ou devoro-te? Interessante que o sorriso faz muitos desejarem ser devorados...
Mora uma bruxa em mim: iniciadora, inteligente e inesperada. Ama a chuva, a lua e as estrelas, mas detesta que vejam apenas a aparência. Incapazes de ver o interior, jamais a verão dançar nua na lua cheia... jamais a verão debruçar-se sobre a Lua Negra... jamais a verão misturar-se às estrelas... É preciso ser iniciado para vê-la, mas para entendê-la é preciso desistir... Para quê entender o que se pode simplesmente sentir?
Mora uma bruxa em mim: uma mulher, uma fada, uma menina. É independente, e livre como os ventos do leste, é quente como o vento do norte, é suave como a brisa marinha. Mas como fada voa para longe se ameaçam fechar suas flores, como criança embirra se a tentarem conter nas travessuras e como mulher, ela parte, se tentarem cercear que ela seja o que é:
Eu mesma: mulher, menina, fada, e bruxa.
Em homenagem aos bruxos e bruxas que estão comigo. Àqueles que mal fazem ideia que são. Feliz dia das Bruxas.
Num belo dia cinza, ele apareceu, com aquela desculpa de que foi por engano, que a confundiu com outra pessoa. Ela permitiu, deixou que ele chegasse mais perto, pensando, uma nova amizade. Com o passar do tempo ele, bem de mansinho, fez parte do seu dia-a-dia. Veio à troca de números de telefone, as ligações não demoradas, rápidas, mas intensas, ela passou a adorar ouvir a voz dele, mesmo que fosse só para desejar que o seu restinho de tarde fosse maravilhoso. Ele sempre elogiando a sua voz e as palavras por ela proferidas.
Veio o primeiro contato visual, mesmo que virtual, foi fantástico, onde num descuido desproposital ela deixou que a alça de seu vestido caísse, logo, ele elogiou o seu colo, comparando com um poema de Vinícius de Moraes. Ela tímida, agradeceu ruborecida.
Ele sempre com galanteios e ela decidida a derrubar os muros que havia construído com o passar dos anos e decepções amorosas. Marcaram um encontro, que acabou sendo desmarcado por ele. Ela ficou triste, mas aceitou.
Continuaram as conversas, elogios mútuos e a vontade de vê-lo crescia. Queria poder tocá-lo, ver se aquele homem que ele pintava era real.
Numa das tantas conversas, ele confessou ter desmarcado os encontros por medo de estar sendo precipitado e achar que ela pensava a mesma coisa. De repente, de supetão, ele a convida, ela aceita, mas que pronta para o tão esperado momento. O coração dela parecia que pararia de bater a qualquer momento enquanto se preparava para o grande encontro. Às vezes, esquecia de respirar, até que enfim eles se encontrariam, ela iria poder olhar nos olhos dele e sentir a sinceridade que ele colocava nas suas palavras.
Chegou o momento, ela, calmamente, desce as escadas, ele a aguarda no carro. Um abraço quente, aconchegante. Ele abre a porta para ela e eles saem em disparada para um lugar calmo, programinha a dois. Chegam, eles descem. Ele prontamente a segura pela mão e vão andando pela orla. Sentam-se no lugar escolhido, com uma vista privilegiada. Trocam palavras, olhares e ele a beija. Ela fecha os olhos e vive o momento. Chega o final da noite, ele precisa ir embora, vai viajar a trabalho. No carro, na despedida, promessas...
- Que coisa esquisita, Miss Pollyanna! A senhora fica contente com tudo o que acontece! observou a criada lembrando-se das cenas do quartinho. A menina sorriu. - Pois é do jogo, não sabe? - Do jogo? Que jogo? - O "Jogo do contente", não conhece? - Quem é que botou isso na sua cabeça, menina? - Papai. Papai explicou-me esse jogo, que é lindo, disse Pollyanna. Em casa brincávamos disso, desde que eu era assinzinha. Depois ensinei-o às damas da Auxiliadora e elas também brincavam de ficar alegres. - Como é? Eu não entendo muito de jogos. Pollyanna sorriu de novo, porém com um suspiro - e sua face sombreou-se. - Começou com umas muletas que vieram na barrica do missionário. - Muletas? - Sim, muletas. Eu queria uma boneca e papai havia escrito que a mandassem, mas quando a barrica chegou, não havia boneca nenhuma dentro e sim um par de muletinhas para criança. Foi então que o jogo principiou. - Mas não estou vendo nenhum jogo nisso, disse Nancy quase irritada. - Oh, o jogo é encontrar em tudo qualquer coisa para ficar alegre, seja lá o que for, explicou Pollyanna com toda a seriedade. E começamos com as muletinhas. - Eu não vejo como se possa ficar alegre de encontrar muletas em vez de bonecas. Não entendo. A menina bateu palmas. - Pois aí está o jogo! Eu também não via no começo e papai teve que explicar-me. - Pois então me explique o que lhe explicou. - Sim. Fiquei alegre justamente por que não precisava delas, gritou Pollyanna exultante. Veja como o jogo é fácil, quando se sabe! - Que esquisitice! exclamou Nancy olhando para a menina, ressabiada. - Esquisitice, nada! - é lindo! afirmou Pollyanna com entusiasmo. E começamos com esse jogo desde esse dia. E quanto pior é o que acontece, tanto mais engraçado fica. Às vezes é bem duro de roer, como quando papai morreu e fiquei só com as damas da Auxiliadora... - Sim, e também quando foi jogada num quartinho do sótão, sem quadros, nem tapetes, sem nada nele, resmungou Nancy. A menina suspirou. - Foi duro de roer a princípio, admitiu ela, principalmente sentindo-me tão só no mundo. Eu não "joguei" naquela hora e estive lamentando a falta do que não havia. Depois comecei o jogo - e logo me lembrei como me dói ver as sardas do meu rosto ao espelho e fiquei alegre de lá não haver espelho. E vi o "quadro" da janela e tudo mais. Você sabe, quando a gente quer uma coisa e encontra outra, esquece da primeira.
(Eleanor H. Porter, em Pollyanna - tradução de Monteiro Lobato)
Vagando pela net a alguns dias atrás, achei esse texto do livro Pollyanna, acho difícil encontrar principalmente "uma moça", como eu, que não tenha o lido. E pensei, cá com meus botões, por que não passar brincando de Jogo do Contente?
A princípio se parece muito fácil, mas se é extremamente difícil. Estou tentando, a alguns dias, brincar disso, não consegui todas as vezes, depende do grau e da intensidade do problema. Todos nós deveríamos tentar jogar o jogo do contente e não ficarmos mal-humorados com as coisas mais esdrúxulas da face da terra, não digo que devemos esconder ou fingir que nada nos abala, mas sim fazer de momentos que não merecem de momentos mais felizes.
No Ipod: Aquarela - Vinicius de Moraes / Toquinho / Guido Morra / Maurizio Fabrizio
Roxanne You don't have to put on that red light Walk the streets for money You don't care if it's wrong or if it is right
Roxanne You don't have to wear that dress tonight Roxanne You don't have to sell your body to the night
His eyes upon your face His hand upon your hand His lips caress your skin It's more than I can stand
Roxanne Why does my heart cry? Roxanne Feelings I can't fight You're free to leave me, just don't decieve me And please believe me when I say I love you
Te he dejado Me dejastes En el alma se me fue Se me fue el corazon Ya no puedo mas vivir Porque no te puedo convencer Que no te vendas Roxanne
Roxanne Why does my heart cry? Roxanne Feelings I can't fight Roxanne You don't have to put on the red light Roxanne
No Ipod (viva a modernidade!):
P.S.: Um dos meus filmes preferidos que não canso de ver e me emociono muito com a história. Filme ótimo, bem menininha e romântico!
E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?
Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.
Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.
(Martha Medeiros)
Já fiz a minha, e você? Basta saber se é recíproca.
Mas as saudades ainda toma conta... Desejando, "Quero o gosto da tua saliva, o cheiro da tua boca. E a libido das nossas línguas se tocando, no desejo dos nossos corpos sem encontro." (por Coluna Fantasma).
No IPOD: Tatuagem (Composição: Chico Buarque - Intérprete: Elis Regina)
Neste caso, 'Lembrança grata de uma pessoa ausente' (via priberam).
Estou com tantas saudades suas, queria poder nesse momento te tocar, te sentir e te cheirar, mas tenho que me contentar com a esperança do telefone chamar e ser você. É a única coisa a fazer, tentar não sofrer por antecipação.
Me contentar em fechar os olhos e lembrar dos singelos beijos, dos ternos abraços, do doce olhar e, ainda, da música que tocava no nosso primeiro beijo.
Sinto saudades de você, sinto saudades daquilo em que podemos viver juntos. Apenas sinto saudades. E espero.
Há algum tempo atrás escrevi um texto que fala sobre a minha sabotagem a meus relacionamentos, assumi algo que a grande maioria das pessoas nunca fariam ou farão.
Atualmente, deixei-me seduzir e do nada me senti pronta para entregar-me a um sentimento que antes não permitiria. Não estou importando com o depois, somente com o agora, não quero saber das conseqüências, se sofrerei, se chorarei, quero viver, quero e intensamente.
E digo, estou apaixonada e pelo desconhecido, sem medo do novo, do diferente, do que pode acontecer e se acontecer, pronta para me entregar, para ser seduzida, para amar e ser amada. Não quero saber o que outros pensarão, não quero pensar no futuro, quero o agora. Estou decidida, vou me entregar de corpo, de alma e de coração.
Fechar os olhos, lembrar da voz e desejar o toque, leve como brisa. Lembrar do toque e sentir o gosto, o gosto dos lábios, ou, ao menos, imaginá-los, porque é a única coisa que no momento posso fazer.
Meu coração está bobo e não me preocupo com isso. Sou mulher moderna, mas tenho desejos, tenho sonhos e, às vezes, imagino ‘o’ príncipe encantando vindo buscar-me montado à cavalo. Não imagino ‘o’ príncipe, somente o cavalo, que é branco, branco como neve e vem em minha direção num leve trote.
Estava eu, divagando pelo o twitter, eis que surgi um tweet assim: “Pensei q isso era coisa de WC de Homem. RT @Nattyui: pq banheiro de mulher tem que ser tãoooo nojento...ecôoooo” (Via @narotadorock), e já que eu estou procurando assunto a dias para voltar a blogar, porque não escrever sobre o assunto? Que mulher nunca passou por isso, que atire a primeira pedra.
Mulher X Banheiro Público
Minha mãe ficava histérica com os banheiros públicos, quando pequena me levava ao banheiro, me ensinava a limpar a tampa do vaso com papel higiênico e cobrir cuidadosamente com tiras de papel em toda a borda. Finalmente me instruía: "Nunca, NUNCA se sente em um banheiro publico".
Logo me mostrava "A posição" que consiste em se equilibrar sobre o vaso em uma posição de sentar sem que o corpo entre em contato com o vaso. Isso foi há muito tempo, mas ainda hoje em nossa idade adulta, "a posição" é dolorosamente difícil de manter quando a bexiga está quase estourando.
Quando você TEM que ir a um banheiro público, sempre encontra uma fila de mulheres que te faz pensar que as cuecas do Brad Pitt estão à venda pela metade do preço. E assim espera pacientemente e sorri amavelmente às outras mulheres que também estão discretamente cruzando as pernas.
Finalmente é a sua vez, e uma porta se abre e você entra quase jogando a pessoa que está saindo. Você entra e percebe que o trinco não funciona, mas não importa...
Você pendura a bolsa no gancho que tem atrás da porta e, se não tem gancho, você a pendura no pescoço mesmo, enquanto se equilibra, sem contar que a alça da bolsa quase corta a sua nuca, porque está cheia de porcarias que você foi jogando dentro, das quais não usa a maioria, mas as tem aí, para o caso de "e se eu precisar?"
Mas, voltando à porta... Como não tinha trinco só lhe resta a opção de segurá-la com uma mão, enquanto com a outra você abaixa a calcinha e fica "em posição"... ai vem o alííívio... Ahhhhhh... e mais alívio, aí é quando suas pernas começam a relaxar e você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o vaso e nem cobrir com papel, nessa hora você quase tem um treco de tão aliviada, ai dá uma desequilibrada e erra a mira. Pronto, o suficiente pra ficar molhada até as meias, e é óbvio que dá pra notar.
Para afastar o pensamento dessa desgraça, você procura o rolo de papel higiênico... Maaaas.. Hehe, o rolo tá vazio! E as suas pernas continuam querendo relaxar. Ai você lembra de um pedacinho de papel que tá na bolsa, meio usado porque você já limpou o nariz com ele, mas vai ter que servir, você amassa ele pra absorver o máximo possível, mas ele é muito pequeno, e ainda tá sujo de meleca.
Nisso alguém empurra a porta e, como o trinco não funciona, você recebe uma baita portada na cabeça.
Aí você grita "tem genteeeeee" enquanto continua empurrando a porta
com a mão livre e o pedacinho de papel que você tinha na mão cai exatamente em uma pequena poça que tinha no chão e você não sabe se é água ou xixi... Ehehe ai você vai de costas e desequilibra, caindo sentada no vaso.
Você se levanta rapidamente, mas já é tarde, seu traseiro já entrou em contato com todos os germes e formas de vida do vaso porque VOCÊ não o
cobriu com papel higiênico, que de qualquer maneira não havia, mesmo se você tivesse tido tempo de fazer isso.
Sem contar o golpe na cabeça, a dor na nuca pela alça da bolsa, a espirrada de xixi nas pernas e nas meias, que ainda estão molhadas... A lembrança de sua mãe que estaria terrivelmente envergonhada de você, porque o traseiro dela nunca sequer tocou o assento de um banheiro público, porque, francamente, "você não sabe que tipo de doença poderia pegar ai".
Mas a aventura não termina ai... Agora a descarga do banheiro, que tá tão desregulada que jorra água como se fosse uma fonte e manda tudo pro esgoto com tanta força que você tem que se segurar no porta-papel (quando tem) com medo de que aquele negócio te leve junto e te mande pra China. Ai é finalmente quando você se rende, está ensopada pela água que saiu da privada como uma fonte. Você está exausta. Tenta se limpar com uns papeizinhos de chiclete Trident que estavam na bolsa e depois sai discretamente para a pia, lava as mãos e sai passando pela fila de mulheres que ainda estão esperando com as pernas cruzadas e nesse momento você é incapaz de sorrir cortesmente.
Uma alma caridosa no fim da fila te diz que você tá com um pedaço de papel higiênico do tamanho do rio Amazonas grudado no sapato! Você puxa o papel do sapato e joga na mão da mulher que disse que tava grudado e lhe diz suavemente: "Toma! Você vai precisar!" e sai.
Nesse momento, seu namorado ou marido que entrou, usou e saiu do banheiro masculino e teve tempo de sobra pra ler "O Senhor dos Anéis" enquanto esperava, te pergunta: "Porque demorou tanto?" E é nessa hora que você o manda pra **** que o pariu!
(desconheço o autor)
Sim, banheiro feminino público é muito pior do que banheiro masculino público, mulher briga com os homens com toda razão, pelo motivo banheirístico, porque vocês não passam por 1/3 do que a gente passa, vocês mixam em pé, um do lado do outro, de costas para a porta e não correm o risco de saírem com o pé ou a meia ou a calcinha mijada por você ou por uma outra idiota que esteve no banheiro antes e deixou xixi escorrendo pela beirada do vaso, porque suas pernas bambearam enquanto estava com a bolsa no pescoço, segurando a porta e tentando se limpar ou ainda levar uma portada na cabeça.
Logo, vocês, homens, descobre um dos motivos das mulheres irem aos pares ao banheiro, para que uma possa segurar a bolsa da outra ou fazer guarda na porta e aproveitam o momento para fofocarem, retocarem a maquiagem e falar mal de vocês! Eu não gosto de ir ao banheiro aos pares, vou a primeira vez, se precisar, eu passo a ir acompanhada, se não, continuo indo sozinha mesmo.
A algum tempo sou uma pessoa bem presente no mundo da Internet, resolvi voltar a escrever (mesmo que em raros momentos), descobri o verdadeiro propósito do Twitter, mais msn e outras leituras diárias, logico, na net.
A algum tempo atrás, fui apresentada a um blog chamado LuluzinhaCamp, por um amigo muito querido de SP, na época, teria um encontro em Brasília em comemoração ao Dia das Mulheres, no qual infelizmente eu não pude comparecer.
Com minhas investidas no Twitter, comecei a conhecer uma galera gente boa, nessa brincadeira, acabei conhecendo as duas organizadoras do LuluzinhaCamp em Brasília, a Srta. Bia e a Lu Monte.
Num dos encontros, vem o convite. Claro que eu não poderia deixar de ir e o meu lado ansioso não parava de contar os minutos para o dia que eu conheceria outras Luluzinhas. E o tão esperado dia chegou, hoje. Dia de orgulho para muitas Luluzinhas, pelo o fato de ter sido realizado em 6 cidades diferentes simultâneamente.
O melhor do LuluzinhaCamp é conhecer garotas lindas, fofas, interneteiras e inteligentíssimas. Trocar idéias com orgias gastronomicas. Sorteios de coisas maravilhosas. O bazar. Uma tarde sem igual. Com direito a Sambinha depois do encontro.
E como disse a Tchuly "A primeira vez a gente nunca esquece...". E eu com muitíssima certeza, estarei presente em outros encontros do LuluzinhaCamp.
P.S.1: Bem, eu não citei todas as meninas, vou fazer uma listinha e linkar os blogs depois.
P.S.2: Um super-hiper-mega beijo para todas as Luluzinhas e foi um prazer conhecer cada uma de vocês. Mesmo que sem termos conversado.
E quando você percebe que sua vida é toda contrária aos princípios que você prega? E quando você percebe que você mesma não segue os conselhos que dá as suas amigas? E quando você percebe que segue a sua vida como: faça o que eu digo e não o que eu faço?
Pronto, essa semana percebi isso tudo. Percebi que estou sozinha porque eu faço isso, percebi que eu saboto todo e qualquer relacionamento, percebi que sou eu quem desisto de qualquer homem que chegue perto e queria tentar cuidar de mim. Sim, estou carente e ainda nem chegou o meu inferno astral. Percebi que não prefiro estar sozinha, que não quero estar solteira!
Percebi que quero alguém de cara feia, porque eu gosto de estar com meus amigos, porque eu gosto de dançar, porque eu acordo descabelada, porque eu gosto de andar de camisola o dia todo, quero alguém que tenha ciúmes das minhas amigas, porque tem noites que eu vou preferir ficar com elas. Percebi que preciso da magia de estar apaixonada. Percebi que eu preciso de alguém para me mimar e não é uma amiga, é um cara que seja meu namorado, amigo, amante. Percebi que quero alguém que ande comigo de mãos dadas no eixão e que me leve para tomar sorvete num domingo a tarde. Percebi que quero jantares romanticos e receber rosas vermelhas no trabalho sem nenhum motivo. Quero beijos apaixonados, quero sentir algo intenso, inteiro, eterno. Quero cobranças. Quero ligações no meio da madrugada!
Eu não quero fingir que "Hoje eu tô sozinha" da Ana Carolina é a minha musica, porque ela não me pertence, cansei -me esconder atrás de algo que não sou eu, cansei de dizer que estou sozinha porque é o que eu quero, porque é a minha escolha, porque não é!
No Ipod:
P.S.: Eu devo a correção da divisão silábica, prometido pro próximo post.
C-A-R-A-L-H-O! Sim, o blog é meu e eu xingo quantas vezes eu quiser! Porra puta que o pariu!
A pessoa que vos escreve, resolveu estudar, foi ali numa empresa que dá aulas para concursos e pagou por uma pacote básico (matérias básicas que caem em todo e qualquer concurso). Por ser composto de 3 módulos, nós, os novos alunos, somos matriculados no módulo à iniciar, então tem pessoas na sala que já estudam a algum tempo juntos, se conhecem e acham por bem atrapalhar os que querem realmente estudar e ao mestre.
Empolgadinha com a primeira aula: PORTUGUÊS – GRAMÁTICA.
Professora simpática, alunos saindo pelo ladrão, sala quente pra porra, ar condicionado ligado, ventiladores também e cabelos voando para todos os lados.
Não sei por que, mas sempre eu crio expectativas: “concurseiro não vai pra cursinho fazer amizade, concurseiro não fica conversando durante a aula”, mas sei que nunca é assim, tem gente que está lá só por estar, porque diz que estuda!
Eu tive o azar ou sorte de sentar na frente de três lindas raparigas, que não calavam a boca, no começo, conversavam sobre a matéria, achando horrível a professora estar falando sobre fonética, divisão silábica, morfologia, formação das palavras, aquelas coisas que teoricamente aprendemos no pré ou na primeira série do primário (nem sou tão velha assim, mas chamavam de primário, quando eu fiz o prezinho) e revisamos até o final do segundo grau e de na faculdade também.(1)
De repente começa o seguinte diálogo nas minhas costas:
- Menina, comprei um blush da ‘marca Y’ M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! - (Sorry, I don’t remember)
- Sério, você comprou para usar quando sair com o fulano de tal?
Alguém conhecido deveria estar lá para ver a minha cara de espanto, olhando pra cara de uma delas.
- Ah! Menina, acho que com ele não, mas com o beltrano de tal sim, porque o fulano de tal não merece!
Eu olhei novamente para trás, dessa vez com cara de furiosa por estarem atrapalhando.
Tentei me concentrar, voltei o olhar para professora que falava sobre morfologia das palavras, mais especificamente sobre vogal temática e tema (que só é aplicado em verbos) e desinência. (2) Exemplo: Buscamos (Vogal temática: A, Tema: Busca, Desinência: mos) Romperemos (Vogal temática: E, Tema: Rompe, Desinência: remos) Agitará (Vogal temática: I, Tema: Agi, Desinência: tará)
Eis que surge uma voz vinda do fundo da sala:
- Professora, a palavra mesa, seria a vogal temática: A e o tema mesa.
A pobre professora repete:
- Vogal temática e tema só é aplicado, única e exclusivamente, a verbos. – Ela já havia falado isso umas 4 vezes.
Ele diz:
- Mas mesa é o que?
Professores tem toda a calma do mundo, esta respirou fundo e respondeu:
- Mesa é substantivo, o “A” de mesa é a desinência de gênero. Aliás, vamos usar o exemplo do colega. Mesa é substantivo feminino singular, pois desinência é o que indica as flexões das palavras (Gênero, número e modo temporal).
O melhor disso tudo foi olhar para trás e ver a cara do indivíduo assustado em descobrir que a palavra MESA é um substantivo feminino singular e não um verbo.
E eu pensando: Como pode uma pessoa dessas não saber o que é um substantivo ou um verbo? Como podem pessoas gastarem seu precioso dinheiro ou de alguém para dizer que está “estudando”? Quero nem saber das respostas!
Apesar de no início ter criticado a professora, descobri e percebi que não lembro de quase nada dessas coisas, até mesmo separar sílabas, ditongos, tritongos e etc.
(1) Nota mental: eu também, em pensamento, critiquei a pobre professora (isso dá outro post) (2) se vocês não lembrarem disso, não se preocupe, eu também não lembrava. Deixei de criticar a professora quando ela foi nos ensinar novamente sobre divisão silábica. (3) Deixe a resposta nos comentários ou mande um e-mail para oblogdanika@gmail.com
Escrevo sem frequência, mas escrevo sentimentos. Não pra ser lida, mas para ser sentida. Goiana de nascimento, brasiliense de coração e alma carioca. Louca pelos amigos, adora dançar e tem os hormônios pirados!