...


Num belo dia cinza, ele apareceu, com aquela desculpa de que foi por engano, que a confundiu com outra pessoa. Ela permitiu, deixou que ele chegasse mais perto, pensando, uma nova amizade. Com o passar do tempo ele, bem de mansinho, fez parte do seu dia-a-dia. Veio à troca de números de telefone, as ligações não demoradas, rápidas, mas intensas, ela passou a adorar ouvir a voz dele, mesmo que fosse só para desejar que o seu restinho de tarde fosse maravilhoso. Ele sempre elogiando a sua voz e as palavras por ela proferidas.

Veio o primeiro contato visual, mesmo que virtual, foi fantástico, onde num descuido desproposital ela deixou que a alça de seu vestido caísse, logo, ele elogiou o seu colo, comparando com um poema de Vinícius de Moraes. Ela tímida, agradeceu ruborecida.


Ele sempre com galanteios e ela decidida a derrubar os muros que havia construído com o passar dos anos e decepções amorosas. Marcaram um encontro, que acabou sendo desmarcado por ele. Ela ficou triste, mas aceitou.


Continuaram as conversas, elogios mútuos e a vontade de vê-lo crescia. Queria poder tocá-lo, ver se aquele homem que ele pintava era real.


Numa das tantas conversas, ele confessou ter desmarcado os encontros por medo de estar sendo precipitado e achar que ela pensava a mesma coisa. De repente, de supetão, ele a convida, ela aceita, mas que pronta para o tão esperado momento. O coração dela parecia que pararia de bater a qualquer momento enquanto se preparava para o grande encontro. Às vezes, esquecia de respirar, até que enfim eles se encontrariam, ela iria poder olhar nos olhos dele e sentir a sinceridade que ele colocava nas suas palavras.


Chegou o momento, ela, calmamente, desce as escadas, ele a aguarda no carro. Um abraço quente, aconchegante. Ele abre a porta para ela e eles saem em disparada para um lugar calmo, programinha a dois. Chegam, eles descem. Ele prontamente a segura pela mão e vão andando pela orla. Sentam-se no lugar escolhido, com uma vista privilegiada. Trocam palavras, olhares e ele a beija. Ela fecha os olhos e vive o momento. Chega o final da noite, ele precisa ir embora, vai viajar a trabalho. No carro, na despedida, promessas...


No Ipod: Sutilmente - Samuel Rosa e Nando Reis

0 comentários:

Postar um comentário

  © DO MUITO E DO POUCO

Design by Emporium Digital